(imagem da Net)
Acabei há pouco de ouvir uma passagem da entrevista, à TSF e ao DN, de um membro do Comité Central do PCP, e dirigente máximo da CGTP, o Arménio Carlos.
Fiquei estarrecido com a arrogância utilizada ao longo de grande parte da entrevista, num verdadeiro ultimato ao Governo. Entre as muitas exigências, cujas palavras exactas podem ser ouvidas na gravação da TSF aqui, a que me causou mais perplexidade e que retive foi a seguinte: - O Governo terá mais problemas se não ouvir os Sindicatos da CGTP.
É inadmissível que o PCP permita (ou dê orientações ?) a um seu alto quadro, como é o Arménio Carlos, que simultâneamente é o dirigente máximo dos Sindicatos da CGTP, para tudo fazer na rua para fragilizar, senão mesmo descredibilizar, um Governo que apoia na Assembleia da República.
É altura de o PCP se definir e decidir se apoia ou não apoia o Governo. Para estar com um pé dentro e outro fora, é melhor que fique com os dois pés de fora que é o ambiente onde se sente bem, o ambiente da contestação. Quem nasce lagartixa nunca chegará a jacaré.