(Imagem da capa da Revista FEBASE nº 60 de 2016/02)
Pergunta muito pertinente, esta da autoria do Aníbal Ribeiro, feita no Editorial da Revista FEBASE (Federação de Sindicatos do Setor Financeiro) deste mês.
Esta pergunta exigir uma resposta. Estes 20 mil milhões de Euros saem dos impostos usurários que pagamos. Transcrevo o artigo:
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“Nos últimos sete anos, entre 2008 e 2015, o Estado
Português – e através deste, os contribuintes – já gastou em apoios aos bancos
(BPN, BES, BPP, Banif ) qualquer coisa como 20 mil milhões de euros. Ou seja,
mais de 11% do PIB Português! Até quando continuará esta vergonha? Ninguém é
responsabilizado, ninguém é preso. A culpa dos grandes demora sempre uma
eternidade a ser apurada e morre quase SEMPRE solteira! Conceituados banqueiros
internacionais já mostraram por diversas vezes que veem com enorme preocupação
a triste situação a que chegámos. Apontam caminhos com preocupações sociais –
entenda-se trabalhadores – aos nossos políticos, gastam muito tempo… sem levar
a conclusão nenhuma. Recentemente, a Direção-Geral da Concorrência (DGCom) da
Comissão Europeia assumia o adiamento da venda do Banif ao anterior Governo,
para não perturbar a saída limpa do programa de assistência. Na realidade,
entenda-se como uma ocultação da real situação em que se encontrava a
instituição financeira, por clara iniciativa governamental. Não terá sido este
tipo de cumplicidade que arrastou também o BES por um período de ilusões que
vitimou tantas poupanças de portugueses, cá e fora do País? Também o Banco de
Portugal, entidade reguladora não se sabe bem de quê, teve nos dois últimos
governadores elementos que nada fizeram no sentido de regular e fiscalizar a
banca em Portugal. Pode-se perguntar: o que fez o governador do Banco de
Portugal? Já se viu que o modelo não serve e não é fiável! Qual será o próximo
banco a ser intervencionado? Por muito esforço que este País faça –
principalmente os trabalhadores bancários e o povo – assim não vamos lá! É
preciso substituir estes “desgovernadores”, implementar mecanismos necessários
para que esta VERGONHA, pelo menos com esta frequência e impunidade, termine”.
Aníbal Ribeiro.
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