(Imagem da Internet)
Os burocratas e os ortodoxos de Bruxelas que, sob
a batuta dos interesses da alta finança, conduziram a União Europeia ao
desastre estavam a pedir e a merecer uma lição, só que a lição não era esta, a
da saída do Reino Unido da União.
Mas como quem brinca com o fogo geralmente se queima, nesta brincadeira
queimaram-se dois e, fazendo juz ao nome do blogue, lixaram-se mais de 500
milhões de cidadãos.
Queimou-se o já demissionário PM Britânico, David Cameron,
autor e mentor do raio do referendo, que, para ganhar as eleições e sem medir
consequências teve esta bestial (de besta) ideia. Queimou-se o Diretório
Europeu apologista do castigo dos povos e da austeridade custe o que custar,
que agora vão ter que encontrar outro modo de vida que não à conta da desgraça
alheia.
Lixaram-se 500 milhões de cidadãos porque a União Europeia
já era. Os países periféricos vão ser corridos com o argumento do “mau
comportamento” e a EU ficará restrita a um pequeno grupo de 4 ou 5 países do
Centro e do Norte, estilo Comunidade do Carvão e do Aço do século passado.
Para os “enjeitados” o retrocesso, económico, social e
civilizacional, será de muitas décadas a somar ao que já sofreram, e para os “vampiros”
que ficarem, depois de já não terem sangue alheio para se alimentarem, vão ter
que fazer pela vida intramuros e deixar também de “viver acima das
possibilidades”.
Estamos hoje perante um desastre, de dimensão ainda imprevisível, provocado por um ambicioso inconsciente, do lado do Reino Unido (que vai deixar de ser unido) e por um bando de
predadores do lado da EU, bando que conseguiu sobrepor a hegemonia da alta
finança à sensatez da economia e à orientação da politica.
É claro que o Mundo hoje continua a ser Mundo, mas já não é igual.
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