Penso que já não há grande margem para dúvidas que uma das obsessões do atual Governo PSD/CDS, é criar conflitos intergeracionais e interclasses, acirrando novos contra velhos, trabalhadores contra patrões, pobres contra ricos como é demonstrado na muito bem orquestrada propaganda
sobre o “peso das pensões de reforma” nas contas do Estado. O objetivo desses conflitos é sempre o mesmo: - a defesa da tese de que no empobrecimento é que está a solução para o país sair do buraco em o meteram.
Sub-repticiamente, até
há pouco tempo, mas agora já ostensivamente, vemos e lemos,
quer nos jornais - alguns com redações inteiras conotadas, instrumentalizadas e
reféns do Governo - quer em Blogues que perfilham uma ideologia no mínimo estranha,
textos e comentários que mais não são do que estudada propaganda estratégica em
defesa das teses do empobrecimento “custe o que custar”, “vivemos acima das
possibilidades”, "a Segurança Social é inviável", “estamos a hipotecar o futuro dos jovens”, "o Estado Social é uma ilusão", etc. etc.
Será
bom relembrar, sobretudo aos mais jovens que não estejam muito entrosados com a
História do século XX, que o regime nazi se instalou na Alemanha exatamente a
defender teses muito próximas daquilo que já vamos vendo ser defendido em Portugal
pelo Poder instalado. Primeiro vende-se a falsidade que todo um Povo prevaricou
(não, não foram eles, os políticos corruptos e o seu séquito de vampiros, fomos nós, o Povo), depois defende-se o castigo do
prevaricador (o Povo, claro). Defendido e aceite o castigo, banaliza-se o
castigo, humilha-se e empobrece-se o Povo através do confisco de bens e direitos e de dozes maciças de austeridade.
Virá de seguida, sob a capa de um patriotismo bacoco e bafiento (caso dos pins nas lapelas dos governantes, ao bom estilo do Bush) a tese da conspiração contra o regime, “quem não apoia o Governo não é patriota”, e assusta-se e amordaça-se o Povo. O Governo terá assim um Povo pobre, amedrontado e submisso apto a suportar a “filosofia da miséria” que está sendo paulatinamente implementada.
Se alguém ainda tem dúvidas, é só esperar para ver porque quando acabar a farsa começará a tragédia.
Virá de seguida, sob a capa de um patriotismo bacoco e bafiento (caso dos pins nas lapelas dos governantes, ao bom estilo do Bush) a tese da conspiração contra o regime, “quem não apoia o Governo não é patriota”, e assusta-se e amordaça-se o Povo. O Governo terá assim um Povo pobre, amedrontado e submisso apto a suportar a “filosofia da miséria” que está sendo paulatinamente implementada.
Se alguém ainda tem dúvidas, é só esperar para ver porque quando acabar a farsa começará a tragédia.
Aos
poucos estes novos liberais, de uma direita sem qualificativo, que se constituiu num Governo de grilos falantes e alguns traidores, com falas bem mais perigosas que as do
Estado Novo (que vivi durante 25 anos), vão conseguindo levar a água ao seu
moinho.
Há no entanto um pequeno detalhe, no argumento da peça, que ainda não chegou à boca de cena: - A traição à Pátria é crime consagrado na Lei.
Há no entanto um pequeno detalhe, no argumento da peça, que ainda não chegou à boca de cena: - A traição à Pátria é crime consagrado na Lei.
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