(Imagem da Internet)
Fui um euro-defensor convicto. Lamentável e infelizmente, tenho que dar a mão à palmatória
e concluir que sair do Euro será inevitável para Portugal. É só uma questão e
tempo. E quanto mais tempo “aguentarmos” mais penosas vão ser as consequências
dessa saída porque estaremos mais de tudo, mais pobres, mais endividados, mais desempregados, mais
descredibilizados, mais intolerantes e sobretudo muito mais frágeis.
Portugal, e não só, mas é Portugal que nos deve interessar, neste momento está na Zona Euro apenas a servir de tampão protetor aos
países do centro. Somos uma espécie de “tropa de infantaria” que é deixada na
frente de batalha para “aguentar” o
inimigo e proteger o corpo do exército enquanto este se põe a recato. É isto que
interessa ao centro da Europa, ainda que para tal tenham que ir entrando com
algum dinheiro de recuperação duvidosa e que nos custa sangue suor e lágrimas em sacrifícios inglórios. O que eles nos dizem é “aguentem,
aguentem” que estão no bom caminho. O que eles pensam é “aguentem aguentem” porque enquanto aguentarem nós estamos a
salvo e até vamos enriquecendo mas azar dos azares, o "fogo" começa a chegar ao coração da Europa, ainda ontem a Agência de Rating S&P baixou o rating da França de AA+ para AA.
Reconheço hoje, com bastante mágoa pessoal, que comprámos
uma ilusão com a nossa entrada no Euro, e que os países que estão a lucrar (muito) com esta situação
sabiam a ilusão que nos estavam a vender porque tudo isto foi minuciosamente premeditado.
No contexto em que nos encontramos, e por muito que os fanáticos do Governo apregoem que "já estamos a dar a volta" e "agora é que é", ou ocorre muito rapidamente uma reviravolta
de 180º na politica, na atitude e sobretudo na ação da Europa, ou, a não ser que queiramos mesmo perder a nossa identidade (a independência já a perdemos), teremos que
considerar muito seriamente a pergunta:
- Quando é que saímos do Euro?
Tenho plena consciência dos impactos dramáticos que uma saída (mesmo controlada) do Euro terá para Portugal e os efeitos que causará nos restantes países. Desde logo a dívida de Portugal disparará por força da desvalorização da moeda local (Escudo?) que venha a circular. Ficaremos todos mais pobres na proporção direta dessa desvalorização (há quem arrisque 30%, há quem aposte em 60%), mas o que quer que seja será de uma vez. Daremos um grande trambolhão, mas sabemos onde caímos e como levantar-nos. Acresce que, se este bando de salteadores que se diz Governo, não o esturrou já, ainda temos 382,5 toneladas de reservas de ouro no Banco de Portugal, ouro que à cotação de hoje valem 15.500.000.000,00€. (A propósito de esturrar ouro, vale a pena reler este post).
Já poucos se lembrarão, mas em 1983 (entre desvalorização cambial e taxa de inflação - de 30%) empobrecemos num ano cerca de 40% e ninguém morreu por isso. Agora estamos a morrer aos poucos, dia após dia, mês após mês, ano após ano. Já lá vão 5 anos, já empobrecemos, em média, 25% e não se vê a "tal luz" ao fundo do túnel. A aliança da Srª Merkel com o SPD na Alemanha "acendeu" essa luz, mas rapidamente se apagou e apagada continua enquanto Portugal está a morrer na escuridão e a caminho do obscurantismo.
Se não for antes, pelo menos lá para meados de 2014 este tema de Portugal sair do Euro, deixará de ser tabu. É só esperar pela execução orçamental de 2014 (com os retificativos da praxe) e o Governo voltar à receita de mais austeridade de milhares de milhões sobre os mesmos, nós.
Tenho plena consciência dos impactos dramáticos que uma saída (mesmo controlada) do Euro terá para Portugal e os efeitos que causará nos restantes países. Desde logo a dívida de Portugal disparará por força da desvalorização da moeda local (Escudo?) que venha a circular. Ficaremos todos mais pobres na proporção direta dessa desvalorização (há quem arrisque 30%, há quem aposte em 60%), mas o que quer que seja será de uma vez. Daremos um grande trambolhão, mas sabemos onde caímos e como levantar-nos. Acresce que, se este bando de salteadores que se diz Governo, não o esturrou já, ainda temos 382,5 toneladas de reservas de ouro no Banco de Portugal, ouro que à cotação de hoje valem 15.500.000.000,00€. (A propósito de esturrar ouro, vale a pena reler este post).
Já poucos se lembrarão, mas em 1983 (entre desvalorização cambial e taxa de inflação - de 30%) empobrecemos num ano cerca de 40% e ninguém morreu por isso. Agora estamos a morrer aos poucos, dia após dia, mês após mês, ano após ano. Já lá vão 5 anos, já empobrecemos, em média, 25% e não se vê a "tal luz" ao fundo do túnel. A aliança da Srª Merkel com o SPD na Alemanha "acendeu" essa luz, mas rapidamente se apagou e apagada continua enquanto Portugal está a morrer na escuridão e a caminho do obscurantismo.
Se não for antes, pelo menos lá para meados de 2014 este tema de Portugal sair do Euro, deixará de ser tabu. É só esperar pela execução orçamental de 2014 (com os retificativos da praxe) e o Governo voltar à receita de mais austeridade de milhares de milhões sobre os mesmos, nós.
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