(Imagem da Internet)
Os países só existem porque neles existem pessoas. Pessoas que partilham um território comum, têm laços
comuns, línguas comuns, tradições e crenças comuns, culturas comuns e sobretudo possuem uma firme convicção comum quanto aos objetivos de sociedade.
Os Governos só existem porque
existem países de pessoas e para as pessoas, Governos que, tal como os países, deveriam
ser das pessoas e para as pessoas. Deveriam, mas, na sua maior parte, não são; São apenas e tão só
para algumas minorias que se acham investidas de um poder divino e por isso
pairam acima de tudo e de todos.
Vem esta arenga a propósito de uma notícia de ontem que, com
exceção da TSF, passou ao lado da comunicação social (porque terá sido?), e que nos
dava nota de que, o ainda Vice Presidente da Comissão Europeia e Comissário para
os assuntos Económicos e monetários Siim Kallas, tinha arrasado por completo as
propostas do Ministro Italiano (encomenda do novo PM Matteo Renzi), que visava flexibilizar as regras do Tratado
Orçamental. A “cena” passou-se na reunião do ECOFIN na qual a nossa Miss Swaps
terá sido uma das mais radicais defensoras da posição do Comissário contra a proposta Italiana. Já não é
de estranhar.
O que é de estranhar é que alguns países da Europa que
apoiam estas posições inflexíveis e radicais, como Portugal fez, não se deem conta que
a terem que cumprir à risca com as regras do tal Tratado Orçamental, se colocam na primeira linha para serem pura e simplesmente chacinados económica e socialmente como aconteceu a Portugal, Grécia e Irlanda. Esta Europa não tem emenda e com esta decisão
acaba de acrescentar mais um capítulo ao decreto de sentença de morte para os países "resgatados" e que envia a 2ª fila dos mais frágeis para o cadafalso.
Estes idiotas que vivem uma dúzia de camadas sociais
acima do Povo, comportam-se assim porque simplesmente ignoram que a Europa são as
pessoas e não as brigadas de tecnocratas que vivem principescamente noutra
dimensão social e temporal imunes às aflições das pessoas que era pressuposto defenderem. No entanto as pessoas existem e, porque existem, acabarão por mover-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário