Sou um adepto do rigor, e por isso procuro não só sustentar e demonstrar o que defendo, com números ou factos, como também procuro "ouvir" quem, como eu, segue tal prática.
De quando em vez encontro ou recebo verdadeiros tesouros, elaborados com a maior das simplicidades, que demonstram o quanto somos enganados não só por quem nos governa, como pelos vassalos e papagaios que têm a soldo e que pululam propositadamente os media.
Hoje chegou-me este texto, de autor identificado, que aqui deixo na íntegra e sem qualquer alteração de conteúdo ou de formato.
Não tem título, mas eu chamar-lhe ia
Um Governo de rapaces e mentirosos
===========
Meus
Prezados Amigos,
Um
pouco farto de ver e ouvir certas histórias, que pressentia, mal contadas,
decidi-me a fazer as minhas contas a partir das Fontes Oficiais (INE e EUROSTAT).
Tem sido dito que os Pensionistas e os Reformados, junto com as Despesas de Pessoal do Estado, significariam, em conjunto, cerca de 75% a 78% das Receitas Públicas. Fui então verificar.
Ora sendo eu um cidadão preocupado com o desenvolvimento do meu País e com o Bem-Estar dos portugueses, achei que este número, a ser verdade, seria muito elevado e traria restrições severas a uma Política de Desenvolvimento e de Crescimento a Portugal.
Mas depois de tanto ouvir, comecei a achar estranho que estes números fossem repetidos até à exaustão. E decidi investigar eu próprio da veracidade de tais números.
Tem sido dito que os Pensionistas e os Reformados, junto com as Despesas de Pessoal do Estado, significariam, em conjunto, cerca de 75% a 78% das Receitas Públicas. Fui então verificar.
Ora sendo eu um cidadão preocupado com o desenvolvimento do meu País e com o Bem-Estar dos portugueses, achei que este número, a ser verdade, seria muito elevado e traria restrições severas a uma Política de Desenvolvimento e de Crescimento a Portugal.
Mas depois de tanto ouvir, comecei a achar estranho que estes números fossem repetidos até à exaustão. E decidi investigar eu próprio da veracidade de tais números.
Eis os
Resultados:
QUADRO nº 1 - Pensões e Reformas
(Unidade: mil milhões de euros)
(Unidade: mil milhões de euros)
ANOS
|
2011
|
2012
|
2013
|
P.I.B.
|
237,52 €
|
212,50 €
|
165,67 €
|
PENSÕES e Reformas
|
13,20 €
|
13,60 €
|
14,40 €
|
Peso % - s/ PIB
|
5,56%
|
6,40%
|
8,69%
|
Total de Receitas
|
77,04 €
|
67,57 €
|
72,41 €
|
Peso % - s/ T. Receitas
|
17,13%
|
20,13%
|
19,89%
|
Meu comentário:
Qual não foi o meu espanto quando face a “doutas” opiniões de Economistas do Regime, de Jornalistas (ditos de economia) e de Políticos em que todos coincidiam em que esta Rubrica rondaria os 30% a 35% das Receitas do Estado e cerca de 15% a 17% do PIB, vim a verificar os resultados do Quadro nº 1 que acima publico.
Isto
é:
As
Reformas e as Pensões, mesmo numa Economia em Recessão,
significaram entre os 17,13% e os 20,13%, sobre as receitas totais do Estado. Muito longe,
portanto, dos anunciados 30% a 35%.
Mas se
a análise for feita sobre o PIB então o seu significado variou, repito num quadro de uma Economia em Recessão, entre os 5,56% e os 8,69%.
Portanto
muito longe do anunciado pelos “especialistas”….
A
coberto dessas pretensas “realidades” foram cometidos os mais soezes ataques a
esta parte da população portuguesa. Parafraseando o Prof. Doutor Adriano
Moreira – “estamos em presença de um esbulho”.
NOTA:
Por uma questão de educação não quero adjectivar mais as declarações sobre a
matéria da Srª Ministra das Finanças e seu antecessor, nem do Sr. 1º Ministro,
já que os restantes declarantes deixaram de me merecer qualquer respeito.
QUADRO nº 2 - Despesas com Pessoal do
Estado
(Unidade: mil milhões de euros)
(Unidade: mil milhões de euros)
PESSOAL
|
2011
|
2012
|
2013
|
P.I.B.
|
237,52 €
|
212,50 €
|
165,67 €
|
Despesas c/ Pessoal
|
11,30 €
|
10,00 €
|
10,70 €
|
Peso % - s/ PIB
|
4,76%
|
4,71%
|
6,46%
|
Total de Receitas
|
77,04 €
|
67,57 €
|
72,41 €
|
Peso % - s/ T. Receitas
|
14,67%
|
14,80%
|
14,78%
|
Meu
comentário:
Devo confessar que aqui, nesta rubrica, o meu espanto ainda foi maior, dada a prolixa comunicação sobre este tema proferida pelos actores acima referidos.
E feitas as contas, (quadro nº 2 acima), e juntando então os dois, os resultados são na verdade os seguintes:
Devo confessar que aqui, nesta rubrica, o meu espanto ainda foi maior, dada a prolixa comunicação sobre este tema proferida pelos actores acima referidos.
E feitas as contas, (quadro nº 2 acima), e juntando então os dois, os resultados são na verdade os seguintes:
(Quadro nº 3 – Pensões e Reformas +
Custos c/ Pessoal)
(Unidade: mil milhões de euros)
(Unidade: mil milhões de euros)
PENSÕES + Desp. PESSOAL
|
2011
|
2012
|
2013
|
P.I.B.
|
237,52 €
|
212,50 €
|
165,67 €
|
PENSÕES + Desp. PESSOAL
|
24,50 €
|
23,60 €
|
25,10 €
|
Peso % - s/ PIB
|
10,31%
|
11,11%
|
15,15%
|
Total de Receitas
|
77,04 €
|
67,57 €
|
72,41 €
|
Peso % - s/ T. Receitas
|
31,80%
|
34,92%
|
34,66%
|
Ou
seja:
A SOMA
das Pensões e Reformas com as dos Custos de Pessoal do Estado, somam (numa Economia em Recessão) entre os 34,92% (incluindo aqui as indemnizações de mútuo
acordo das rescisões então efectuadas) e os 31,80% sobre
as Receitas Totais do Estado;
e entre 15,15% (incluindo aqui as indemnizações de mútuo acordo das rescisões então efectuadas) e os 10,31% sobre o Produto Interno Bruto.
e entre 15,15% (incluindo aqui as indemnizações de mútuo acordo das rescisões então efectuadas) e os 10,31% sobre o Produto Interno Bruto.
OU
SEJA:
Menos de Metade dos números anunciados pelo Sr. 1º Ministro e seus Ministros das Finanças, para falar de actores políticos relevantes, deixando de lado as personalidades menores que pululam nas Televisões, Rádios e Imprensa escrita, que passei assim a tratar dada a sua falta de seriedade intelectual.
E a coberto disto se construiu uma Política do agrado do Sistema Financeiro, por razões e números que aqui não vou referir, e dos Credores (por razões que aqui também me dispenso de enumerar).
Menos de Metade dos números anunciados pelo Sr. 1º Ministro e seus Ministros das Finanças, para falar de actores políticos relevantes, deixando de lado as personalidades menores que pululam nas Televisões, Rádios e Imprensa escrita, que passei assim a tratar dada a sua falta de seriedade intelectual.
E a coberto disto se construiu uma Política do agrado do Sistema Financeiro, por razões e números que aqui não vou referir, e dos Credores (por razões que aqui também me dispenso de enumerar).
CONCLUSÃO:
Estamos a ser enganados deliberadamente por pessoas que têm e prosseguem uma filosofia política bem identificada e proveniente dos teóricos da Escola de Chicago (a Escola Ultra Liberal), apesar de um dos seus maiores expoentes, o Sr. Alan Greenspan – ex- Governador do FED (Reserva Federal norte-americana) – ter pedido desculpa por ter acreditado nela e ter permitido os desmandos do sector financeiro que nos trouxeram até às crises das Dívidas Soberanas, embora ajudados pela subserviência, incúria e incompetência de boa parte das classes políticas ocidentais.
Estamos a ser enganados deliberadamente por pessoas que têm e prosseguem uma filosofia política bem identificada e proveniente dos teóricos da Escola de Chicago (a Escola Ultra Liberal), apesar de um dos seus maiores expoentes, o Sr. Alan Greenspan – ex- Governador do FED (Reserva Federal norte-americana) – ter pedido desculpa por ter acreditado nela e ter permitido os desmandos do sector financeiro que nos trouxeram até às crises das Dívidas Soberanas, embora ajudados pela subserviência, incúria e incompetência de boa parte das classes políticas ocidentais.
Espero
ter sido útil neste meu escrito. Na verdade, sendo um homem da Direita
Conservadora, o meu primeiro Partido é Portugal.
Os Partidos Políticos são, para mim, apenas Instrumentos para o engrandecimento
de Portugal. Se não cumprirem esta missão então, para mim, não servem para
nada. E vejo, com extremo desgosto, o meu próprio Partido – o CDS-PP, metido
nesta situação degradante para Portugal e para os Portugueses sabendo que há alternativas.
E acima de tudo odeio a mentira.
Está
na hora, na minha opinião, de reformar e modificar o sistema político vigente,
sob pena de irmos definhando enquanto Nação Independente.
Miguel
Mattos Chaves
Gestor
Doutorado em Estudos Europeus (dominante: Economia)
Auditor de Defesa Nacional
Gestor
Doutorado em Estudos Europeus (dominante: Economia)
Auditor de Defesa Nacional
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