(Imagem da Internet)
Durante 5 duros anos de austeridade os Gregos, servis
obedientes e obrigados, fizeram tudo o que os iluminados que abancam nas
adamascadas cadeiras de Bruxelas lhe mandaram. Tudo em vão.
Dos cerca de 300 mil milhões dos resgates, apenas menos de
1/3 foi para dinamizar a economia. A grande parte foi para pagar dívida com
mais dívida, pagar juros da dívida e recapitalizar os Bancos falidos.
Nas duas últimas semanas, os burocratas Europeus e o Governo
da Grécia deram ao mundo o espetáculo a que todos assistimos e os Gregos saíram
mais uma vez pela porta pequena. Mais dívida, mais austeridade, mais pobreza.
Mais do mesmo.
A dívida Grega atingiu um tal valor que todos os Gregos tinham
que trabalhar durante dois anos exclusivamente
para a poderem pagar. É impagável.
Mas então, tantos iluminados por essa Europa fora e ainda nenhum
percebeu que a situação a que a Grécia, Portugal, Itália, Bélgica…. a Europa
chegaram não tem solução na austeridade?
Ainda ninguém percebeu que a Europa está ela própria falida? Está “às aranhas” para conseguir arranjar 7 mil milhões para colocar na Grécia
imediatamente senão aquilo vira uma guerra civil num barril de pólvora.
Isto não é “rocket science” nem uma questão de prestidigitação. Não é
preciso ser economista com nome na praça, expert em ciência politica ou expert
noutra treta qualquer. Basta ter 2 neurónios que funcionem para perceber que a
solução não passa por colocar dinheiro num país e depois atrofiar, espartilhar, esmagar esse país.
É simples, já foi experimentado em vários países, na Europa e fora
dela, e deu sempre o mesmo resultado, com a agravante de os países da Europa do
Euro não terem instrumentos de gestão cambial para poderem desvalorizar a
moeda, nem podem fazer orçamentos expansionistas. Sobretudo os mais pobres, estão espartilhados monetária e financeiramente, enquanto que economicamente são largados à sua sorte que o mesmo é dizer que “estão
no mato sem cachorro”.
A dura realidade é que depois de 5 anos de austeridade os
Gregos estão cada vez mais gregos, mas Portugal não tem motivos para sorrir,
porque não está muito melhor, bastará uma rabanada de vento na Grécia para
chegar um ciclone a Portugal, tivemos disso um claro exemplo na segunda feira a
seguir à votação na Grécia.
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