(Imagem cedida por cortesia de "jornalpelicano.com.br")
Esta Europa da atualidade não nos dá nem sossego nem tranquilidade
e muito menos esperança num futuro. Já não digo melhor, nem diferente, digo
futuro.
Depois da forma irresponsável e mentirosa como lidou com a
crise das dívidas soberanas e do autismo que demonstra face às tragédias (já
não é só a grega) que se vivem diariamente com os chamados “imigrantes
clandestinos” que fogem de África, da Ásia e do Médio Oriente, começa a ser
tempo de nos deixarmos de meias tintas e colocar de lado o politicamente
correto, para dizer umas quantas verdades que os corredores do poder, cá e em
Bruxelas, evitam a todo o custo enfrentar a sério.
Esta questão dos “imigrantes clandestinos” nunca nos foi bem
contada e muito menos explicada. E depois de há dois dias um grupo de 2.000
deles ter tentado atravessar a pé o túnel do Canal da Mancha de França para
Inglaterra, façanha repetida na noite passada por mais um grupo de 1.500, creio que
há muito mais que devamos saber para lá da história que nos fazem chegar.
Vejamos:
- “Emigrantes clandestinos” em grupos de milhares? Dois ou
três, mesmo uma meia dúzia serão clandestinos, mas grupos de milhares são
clandestinos? Se houver uma manifestação de 100 pessoas aparece logo um
batalhão de Policias, aqui ou em qualquer lugar da Europa, e 2.000 conseguem
chegar ao Túnel, a pé, despercebidos? Creio que estamos perante uma história de "clandestinos" mal contada que interessará a alguém manter assim, mal contada.
- Os governos da maior parte dos países ditos “do ocidente”,
nos quais se incluem os Europeus, fomentaram, e alguns participaram, guerras e
chacinas em África, na Ásia e no Médio Oriente, para venderem armas,
desestabilizarem politicamente os governos locais e destruírem os meios de produção. De
seguida apropriaram-se das riquezas naturais desses países e impuseram fantoches
“governos amigos” para poderem consumar o saque. Estes países ficaram sempre piores e na penúria. Identifique-se um só que seja que tenha ficado melhor.
- É claro que depois destes desastres só podem fechar os
olhos e fingir que “no passa nada” e preferem chamar “imigrantes clandestinos”
aos desgraçados dos fugitivos (é isso que eles são) desses Infernos espalhados
por aqueles três continentes.
- Mortos uns, salvos outros, chegados que são estes aos países
do Sul da Europa (sempre os mesmos países a serem castigados) vem a face obscura
do processo. Amontoam-nos em “campos de refugiados”, como se amontoam os
animais num curral, e, porque é muita gente para socorrer e alimentar, as
autoridades “fecham os olhos” e deixam-nos "fugir" às centenas, que é como
quem diz, disseminam-se pelo espaço Europeu, milhares de seres humanos
desesperados, sem documentos, sem trabalho, e esfomeados, e nós sabemos a que pode
conduzir o desespero.
- No meio destes milhares de desgraçados, que, ao que parece
ninguém sabe quantos são (não serão já vários milhões?), devem também vir algumas
centenas de extremistas (há sempre gente maluca, chamada de fundamentalista,
disposta a tudo) adormecidos, mas que a qualquer momento podem ser “acordados”
para espalhar o caos na Europa, e assim retribuírem na mesma moeda o que nós
Europeus andamos a fazer aos países deles.
Mas que raio está a acontecer ao Mundo neste Século XXI?
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