(Imagem retirada da Internet)
Portugal já entrou no 10º trimestre consecutivo em recessão económica
(recuo da economia, ou seja, queda do PIB), vai portanto a caminho de completar o 3º ano de recessão.
Com o pacote (menu, segundo Passos Coelho) de medidas
anunciadas no passado mês de maio, algumas já incluídas no orçamento
retificativo de 2013 ontem aprovado na Assembleia da República, e outras com implementação prevista até 2016, vai gerar-se
mais do mesmo, ou seja recessão sobre recessão.
Portanto, no melhor dos cenários, teremos recessão até 2016.
Portanto, no melhor dos cenários, teremos recessão até 2016.
Como tecnicamente mais do que 3 anos consecutivos de recessão é
considerada uma depressão económica, é esta a catástrofe que nos espera com
mais certezas do que dúvidas.
E que consequências para todos nós? Muitas e todas más.
Desde logo porque uma
recessão pode ser considerada uma fase de “normal ajustamento" de uma economia,
enquanto que uma depressão é uma recessão prolongada no tempo, em que estão
presentes todos os efeitos de uma recessão, mas mais fortes e durante muito
tempo, situação em que a recuperação já não
se poderá fazer através dos mecanismos naturais de reação da economia, mas só com
o suporte assistido de outras economias, como foi o caso do Plano Marshall
para a Europa do pós Guerra, Guerra esta que teve por origem exatamente uma
depressão económica.
Para irmos colocando “as barbas de molho”, vejamos um pouco as envolventes históricas de
uma depressão, pela ordem em que também historicamente se manifestam e acentuam:
- Ausência total de investimento publico e privado (relembro os números do INE referentes ao 1º Trimestre de 2013);
- Queda acentuada da produção (se não há quem compre, então produzir para
quem?);
- Aumento dramático das empresas com prejuízos;
- Falência massiva de empresas;
- Falência massiva de empresas;
- Baixa generalizada dos salários;
- As taxas de desemprego passam de drama a tragédia (20 %
ainda são só um drama);
- O rendimento real das famílias não dá para fazer face às
suas necessidades básicas (não refiro despesas, refiro necessidades);
- Quebra brutal e generalizada dos preços, ou seja DEFLAÇÃO
(o pior de todos os inimigos de qualquer economia);
- Empresas e Bancos suspendem os pagamentos;
- Suspensão do pagamento da dívida (publica e privada);
- Crash da Bolsa;
- Falência de bancos;
- Bancarrota (o Estado deixa de ter dinheiro para solver os seus compromissos);
- Racionamento de bens essenciais;
- Fome e miséria.
É este o cenário para que estamos a ser conduzidos por um bando
de imberbes fanáticos que governam Portugal e a maioria dos Estados Europeus. Um cenário inadmissível
e sequer impensável há menos de três anos, numa União de Estados que se
constituíram na dita União (União Europeia), exatamente para se precaverem coletivamente contra
calamidades como esta, mas que face ao estado de degradação de valores a que as governações de direita radical, dita de neo liberal (!!!) a conduziram, deveria chamar-se antes Desunião
Europeia, tal a ausência de unidade e de solidariedade entre os seus membros.
O que o Governo do PSD/CDS está a fazer ao nosso país é criminoso e será, a seu tempo, julgado em duas instâncias, a da História e a das urnas, esta última se a democracia conseguir sobreviver a este ataque brutal. Mas o que a União Europeia está a permitir que se faça a
Portugal é igualmente criminoso e não tem processo de julgamento.
(Quem quiser saber mais detalhes sobre o tema consulte um
artigo aqui http://clubtroppo.com.au/2008/11/23/what-is-the-difference-between-a-recession-and-a-depression/
dando o devido desconto ao “made in USA” porque é uma realidade diferente da
realidade Europeia, sobretudo da Europa do Euro, cuja moeda em si mesma é um
colete de forças para os países em dificuldades).
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