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sábado, 22 de junho de 2013

A Nossa Catastroika (*)


(O início da catástrofe)

Nós Portugueses não merecemos a punição, injusta e despropositada, que o atual Governo do PSD/CDS nos está a infligir a pretexto de uns falaciosos “crimes” que inventou para nos culpar de todos os males que assolam Portugal e que, ao contrário do que nos pretendem fazer acreditar, foram verdadeiramente causados pelas elites politicas que ao longo de quase 40 anos (outra vez os malfadados 40 anos !!!) têm assumido a governação desta nação.
Mesmo não merecendo essa punição, estamos a ter um comportamento exemplar de civismo e de capacidade de resistência à adversidade que se distancia milhas e milhas do comportamento de um Governo carrasco que nos conduz ao cadafalso, liderado por um Primeiro Ministro fantoche (fantoche porque realmente não é ele quem manda), que, apesar de já não dizer coisa com coisa, continuará a destruir enquanto estrebuchar.
 
Mas quem pensarão estes governantes, meio loucos, meio fanáticos, que enganam? É preciso não ter um pingo de vergonha e ter uma total insensibilidade para nos tomar a todos por mentecaptos ou por uma cambada de parvos e pacóvios, se acreditam mesmo que nos impingem todas as patranhas - como as últimas do CDS, através do seu líder - e que nós, tolinhos, nos limitamos a acreditar. Estão mesmo muito enganados e no dia 29 de setembro terão a primeira mensagem para se desenganarem, quer estes que governam, quer aqueles que se preparam para vir a governar, que, em competência e experiência, não me parecem muito diferentes dos atuais. Sê-lo ão porventura nos objetivos, na ideologia e esperemos que também nas práticas.
 
Sabemos todos hoje – há provas irrefutáveis por toda a comunicação social – que o líder do PSD e então candidato a Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, ganhou as eleições de 2011 mentindo e enganando os portugueses afirmando que conhecia muito bem o estado do país e que tinha soluções para todos os problemas sem necessitar de cortar nos subsídios, diminuir salários nem aumentar impostos, etc. etc."isso era tudo uma estupidez" sic.
 
Passados dois anos o que sobra de realidade destas promessas? Que está tudo pior e que não há um único indicador, daqueles que contam mesmo positivamente para as nossas vidas, que tenha melhorado. Devemos muito mais ao estrangeiro, pagamos todos mais (muito mais) impostos, reduziram-nos os salários reais, ficámos sem parte dos subsídios de férias e de Natal, o desemprego galopou, temos pior saúde, pior justiça, pior escola, piores transportes, estamos todos muito mais pobres, e até politicos a quem reconhecíamos moral ética e talento, venderam a alma ao diabo e transformaran-se em medíocres marionetas.  E o senhor Primeiro Ministro continua a afirmar que estamos no bom caminho.
 
Este senhor Primeiro Ministro, que uns dizem ser um falhado incompetente e outros o dizem um competente fanático e arrogante, arrisca-se a ficar na História como uma nódoa indelével que enganou, mentiu, confiscou, e levou à ruína um país e todo um Povo em função de um compromisso falacioso feito à Troika e que nem do qual já consegue dar conta. Senão vejamos a seguinte sequência:
 
- Começou o mandato por ir além da Troika com garbo e arrogância "custe o que custar" sic.;
 
- Na 7ª avaliação já foi o cabo dos trabalhos para cumprir com o que se tinha comprometido com a Troika para ter a correspondente tranche nos cofres (e mesmo assim continua a não pagar aos fornecedores do Estado e agora até cativou o subsídio de férias dos Funcionários Publicos por 5 meses).
 
- Nas próximas avaliações arrisca-se a ficar aquém (muito aquém) da Troika, tal o estado de calamidade a que conduziu a economia e concomitantemente o país.

- Após junho de 2014 (fim do atual plano de ajuda externa) a probabilidade de ter que pedir um segundo resgate, ou entrar em incumprimento, é enorme porque dos milhares de milhões que vieram da Troika, não há notícia de que um único Euro tenha sido investivo em atividades produtivas e geradoras de riqueza. Parte desses milhões regressaram aos cofres da Troika em pagamento de juros e amortização de capital e outra parte foi para "tapar buracos" de milhões que politicos corruptos e gestores públicos incompetentes e inimputáveis criaram.
Para investimento foi zero.
 
E eu pergunto-me: - Para quê? Para quê toda esta destruição, todos os estragos causados todas as feridas abertas? Em nome de que Deus menor se sujeitou todo um país a este sacrifício, se os indicadores de desenvolvimento, de riqueza, de bem estar, de saúde económica, de saúde social,  desde há meses que estão todos pior e continuam a piorar?
 
Portugal não precisa de iluminados nem de fanáticos, nem de palhaços, nem de fantoches, e muito menos precisa de ditadores, para gerir a coisa publica. Precisa tão só e apenas de Homens com um H, de Homens de bem, Homens com bom senso que nos salvem deste “Estado de exceção”, a que nos trouxe este Governo, onde a arrogância se misturou com a incompetência, a ideologia com o fanatismo e nos conduziu a um desastre anunciado. Por onde andam esses Homens com H? Apareçam, porque Portugal precisa de vós urgentemente, e ainda hoje, e amanhã pode ser tarde. Basta de permitir que uns quantos loucos continuem a causticar toda uma nação com tamanha crueldade.
 
(*) - Com a devida vénia à Katerina Kitildi e ao Aris Chatzistefanou  http://www.youtube.com/watch?v=Qam7h1jMIwI

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