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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O Grande Embuste II - A crise foi gerada pelo Governo PS de Sócrates


(Dados do Eurostat, de 03-10-2013)
- Clique na imagem para ampliar -
 
Uma das grandes falácias (ato de enganar com má intenção) do Governo do PSD/CDS em funções, tem sido o constante débito, alto e bom som, de que a crise que se vive em Portugal é da responsabilidade do Governo Socialista de José Sócrates.
 
Já em  2009 e 2010 quando Sócrates gritava aos 4 ventos que a crise em Portugal era reversível porque era a vaga avançada da onda de choque de uma crise mundial (financeira e das dívidas) de que Portugal estava a sofrer também as suas consequências por ser um país periférico e, por isso mesmo, mais frágil, mimaram-no de "Pinóquio" e apearam-no do governo rotulando-o de todos os epítetos dignos dos  vigaristas e oportunistas que "mamaram" na teta do BPN, e/ou estiveram ligados à sua criminosa gestão.
 
Acontece, custa a ouvir e mais a admitir a alguns mas é assim mesmo, acontece que a realidade não se compadece com gritarias e falácias porque os números, contra os quais as arruaças podem arremeter mas não derrubam, vêm agora demonstrar que estávamos perante um monumental embuste montado por todos os partidos da então oposição – PSD, CDS, PCP, BE -, com a lamentável aquiescência por omissão de alguma ala do PS, e com a conivência do senhor Presidente da República, que várias vezes falou na “crise nacional” omitindo intencionalmente que ela era mundial.
 
Para que eventualmente não surjam dúvidas sobre a valia dos números referidos e aqui apresentados, eles são divulgados no site do Eurostat (Instituição que produz as estatísticas da União Europeia) e podem ser verificados aqui (Eurostat).
 
Assim, conforme quadro simplificado na imagem que encabeça este post (retirei os países sem relevância e dei alguma cor ao Excel), podem os mais céticos e os mais acérrimos defensores da teoria do Governo, constatar, sem margem para contestar, o seguinte:
 
1) - 2008 - ano da Grande Crise Mundial, primeiro financeira e depois das dívidas soberanas - os EUA (onde teve a sua origem - ver cronologia da crise aqui -) e Japão tremem e na Europa alguns países já “abanam”. A variação, em %,  do PIB médio Europeu dá um trambolhão de 3,00 para 0,4 o que indicia um crescimento quase nulo de toda a Europa;
 
2) - 2009 - todos os países, sem exceção, sofrem o impacto dessa crise com grandes quedas dos seus PIB, mas Portugal é dos países que melhor resistem, sendo dos que menos cai, ficando melhor que a média europeia;
 
3) - 2010 - ainda há muitos países em sérias dificuldades (muito abaixo da média europeia) mas Portugal cresce, sai do vermelho, e está já na média;
 
4) - 2011 – toda a oposição derruba o governo do PS, Portugal é assim forçado a pedir ajuda externa, o PSD e CDS são eleitos para governar, e o desastre é o que os números refletem, pior só a Grécia;
 
5) - Nos anos completos de governos Socialistas (anos a rosa) Portugal situou-se sempre próximo da média da Europa e um ano (2009) mesmo acima;
 
6) - Nos anos de governos PSD (anos a laranja (*)) Portugal situou-se sempre abaixo da média europeia  e em alguns anos mesmo muito abaixo.
 
     São factos sustentados em números. Tudo o resto é ruído para distrair quem se deixa distrair ou quer mesmo ser distraído, para já não dizer para quem é pago para distrair os outros.
 
Nota do Eurostat sobre os dados:
O produto interno bruto (PIB) é uma medida da atividade econômica, definido como o valor de todos os bens e serviços produzidos, menos o valor de quaisquer bens ou serviços utilizados na sua criação. O cálculo da taxa de crescimento anual do volume do PIB é destinado a permitir comparações da dinâmica do desenvolvimento econômico, tanto ao longo do tempo e entre as economias de diferentes tamanhos. Para medir a taxa de crescimento do PIB em termos de volumes, o PIB a preços correntes são valorizados nos preços do ano anterior e as variações de volume, são calculadas sobre o nível de um ano de referência, o que é chamado de séries encadeadas . Assim, os movimentos de preços não vai inflacionar a taxa de crescimento.

(*) - 2005 e 2011 foram parciais, mas foram da responsabilidade do PSD mais de metade do ano.
 

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