- Nevão na cidade da Guarda -
(Uma foto animada (c) de Pralixados alusiva à Quadra Natalícia)
Este será talvez o meu último “post” deste 2013, o
terceiro ano consecutivo em que estamos a ser alvo de um terrorismo social sem
precedentes. Devido a este facto não posso formular para 2014 os tradicionais votos de “bom ano” porque
o não será certamente. Deixo antes um voto de que o próximo ano seja menos mau,
é o que desejo para todos os que, como eu, estão a ser vítimas indefesas da tirania
deste governo de insensíveis que se regem pelas regras do quero posso e mando alheios ao povo que sofre (ver reportagem aqui).
Dirão alguns, os mais otimistas, os situacionistas (ou os melhor ludibriados), que isto é negativismo, que é “ser do contra”, pois até já se decretou
o fim da crise e anuncia-se aos quatro ventos o milagre económico do século, quiçá do milénio,
para Portugal. É agora é que vai ser.
Aquilo do Pontal de que 2012 seria o ano da retoma, que depois passou para
2013, foi só a reinar com a rapaziada para ver se esta se animava, mas o agora é o que importa, e agora de 2014 é que não passa. Depois logo se inventa uma qualquer desculpa para voltar a mudar o ano.
Pois desiludam-se os que assim pensam, porque o chefe deste conjunto de
salteadores, que já nos tinha roubado a esperança, agora, com a sua “mensagem de Natal” ao país, já depois de saber que o OE para 2014 ia mesmo entrar em vigor no dia 1 de Janeiro (ter uma mão atrás do arbusto dá sempre jeito… até para aplicar mais 3,9 mil milhões de austeridade), sentenciou-nos com a continuação do saque, não por mais um ano, não por mais 3 anos,
mas por mais 15 ou 20, porque vai ser esse o período em que o efeito destrutivo
das politicas absurdamente recessivas de 5 anos (3 passados e 2 já anunciados) se vão fazer sentir.
Deixemos de lado a aldrabice (mais uma) com a criação de 120.000 novos postos de trabalho este ano, que afinal se saldaram por 21.800, e fixemo-nos “apenas” nesta frase da mensagem do chefe “….Fizemos
nestes anos progressos muito importantes na redução do défice orçamental, e não
fomos mais longe porque precisámos dos recursos para garantir os apoios sociais
e a ajuda aos desempregados. A estratégia abrangente que pusemos em prática
para salvar o País do colapso, para reformar a economia e trazer prosperidade,
está a mostrar os seus primeiros frutos…”. Não pode haver nada de mais esclarecedor quanto ao futuro que nos espera e quanto aos conceitos de "apoios sociais" de "estratégia" de "reforma" e de "prosperidade", que vão
por aquelas cabecinhas, e as intenções que as movem, é só interpretar, sem esquecer que as eleições
europeias estão à porta e o discurso tem que ser "soft", que faria se fosse "hard".
Não bastou roubaram-nos a esperança, agora até o futuro nos estão a roubar.
Votos de um 2014 menos mau, mas não se fiem muito nas aparências.