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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A Miragem do Oásis pós Troika


(Imagem da Internet)

É previsível (assim consta do plano) que no final do mês de maio do próximo ano, se conclua a última “avaliação” que a Troika vem fazer ao nosso país e com ela consigamos ver essas figuras sinistras pelas costas, se bem que vê-las pelas costas não significa livrarmo-nos do seu jugo.
Com “Segundo Resgate” ou sem ele, com “Programa Cautelar” ou sem ele, o trio da Troika talvez vá, mas ficam cá os outros, aqueles que tudo fizeram para que eles cá pusessem as garras, e entre os que vão e os que ficam, não sei quem nos tem feito mais mal.
Mas com o concretizar desse evento, o nosso pesadelo não vai terminar, bem pelo contrário, e maio de 2014 não está já assim tão afastado para que nos possamos deixar embalar pela miragem do Oásis do pós Troika com a qual o nosso Vice, Paulo Portas, nos anda a pretender enganar mais uma vez.

Apenas para não complicar o que já em si estará nessa altura bem complicado, façamos uma abstração e admitamos que a malta do Governo “são todos bons rapazes” e que até vão fazer um esforço para acertarem em alguma coisa, durante mais um ano que lhes restará de legislatura. Ano durante o qual estão obrigados a deitar mão de um qualquer desesperado golpe de magia, porque em 2015 haverá (haverá?) eleições legislativas e com todo o mal que têm feito ao Povo, sabem que  os espera uma rotunda derrota e há que minimizar os prejuízos tornando-a o mais “soft” possível.
E vai ser nesse momento de pós eleições que a miragem do oásis se vai esfumar como se esfumam todas as miragens, porque quem vier a seguir, (não acredito que possam ser os mesmos, se bem que com a oposição que temos já admito tudo) entre o que pretenderá fazer, e o que gostaria de fazer, vai ter que optar pelo que poderá fazer, tal vai ser o grau de destruição com que se irá defrontar. É que quem vier a seguir, tenha ele a cor que tiver, vai ter que lidar com um desemprego na casa dos 17%, (desemprego real, não o desemprego que só conta com os que ainda resistem em manter a inscrição nos Centros de Emprego e se sujeitam ao formalismo que isso exige). Uma dívida impagável que ultrapassará os 200 mil milhões de Euros (quando este Governo tomou posse era pouco mais de 100 mil milhões). Um PIB de rastos, com pelo menos 9 mil milhões de Euros perdidos em 3 anos, o investimento paralisado e a economia destruída.

No fundo, lá mesmo no fundo, a dura realidade é que teremos retrocedido mais de 30 anos, e vamos ter que repetir o esforço que fizemos nas últimas 3 décadas.
Não há portanto qualquer “Oásis” à vista depois da Troika. O cenário idílico do pós Troika que o Governo nos está a impingir é uma falácia, porque o pós Troika, para recuperar do estado a que o país foi conduzido nestes 3 anos, vai ser um duro caminho de dois ou três lustres de austeridade sobre austeridade, e não é preciso ser especialista de coisa nenhuma para concluir isto, basta analisar aquilo que Passos Coelho disse hoje em Bruxelas a propósito do chumbo do TC nos cortes nas pensões da CGA - aumento de impostos ou corte em todas as pensões - é a solução de qualquer merceeiro estagiário. Só por um qualquer milagre resistiremos na zona Euro por muito mais tempo. Imagine-se o que irá ser a saída do Euro.

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