(Imagem da Internet)
A todos os “Vitores Bentos” e apaniguados contestatários do
“Manifesto dos 70” que insistem na sua teoria (ainda não demonstrada) que a
dívida de Portugal, tal como está estruturada, é pagável, pergunto:
Pagável quando e como? Com que dinheiro? Contraindo mais dívida sobre
dívida? E como pagar depois essa nova dívida e os respetivos juros? (A técnica do "empurrar com a barriga e quem vier a trás que feche a porta" é um delito e chama-se falta intencional).
É que há um pequeno detalhe que todos esses críticos “experts” bem
conhecem, mas não divulgam: - A dívida paga-se amortizando-a, para a fazer baixar
(não é fazendo “revolving”, como o Governo está a fazer - recomprar dívida com nova dívida), e para
a amortizar é preciso ter anualmente um Saldo Primário (SP) que suporte o
pagamento dos juros da dívida e ainda assim permita amortizar capital
(precisamos ter um superavit nominal porque só com superavit é possível
amortizar dívida).
Para conseguir este feito Portugal precisa de ter um SP
anual, nas próximas três décadas, superior a 8 mil milhões de Euros anuais.
Acontece que o que temos, quer atualmente, quer no horizonte próximo, é deficit
em vez de superavit. Pagamos com quê então?
Não há ninguém na oposição que seja capaz de fazer esta
pergunta ao Governo e aos seus papagaios de serviço?
Parabéns ! Gostei.
ResponderEliminarComo diria o Dr Medina Carreira até uma dona de casa percebe isso. Neste pequeno texto, estão insertas as qualidades essenciais da linguagem que são: pureza, correção, clareza, propriedade, ordem e harmonia. Um abraço do Simões