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Hoje, dia 5 de Agosto de 2015, o INE divulgou uma “press
release” com os números do desemprego referentes ao final do 2º Semestre deste ano.
Segundo os valores divulgados a taxa de desemprego desceu
para 11,9%, situando-se nos 620.400 desempregados.
A mesma comunicação diz também que o número de empregados é
de 4.580.800.
Nestes números há gato escondido com rabo de fora. Vamos a
factos:
Não contestemos os número do INE, que é como quem diz do
Governo, e aceitemos como corretos os números divulgados, mas façamos uma
simples comparação:
- Tomemos como referência para comparação o final de 2011;
- Incluamos nas contas a população ativa de 2011 e 2015 (todas
as pessoas residentes maiores de 15 anos aptas a exercer uma atividade económica);
- Incluamos também a população inativa de 2011 e 2015 (todas
as pessoas residentes que, independentemente da idade, não estão empregadas nem desempregadas);
Nota: Uma vez que não há dados da população inativa a 30 de
junho de 2015, teremos que somar à população inativa de dez/2014 o diferencial de
desemprego de dez/2014 para junho/2015 (726.000-620.400=105.600). (3.657.900-105.600=3.552.300).
O resultado está no quadro acima.
Em três anos e meio “desapareceram” das estatísticas do desemprego
217.000 cidadãos.
Haverá milhentas “explicações teóricas” mas seria conveniente que nos
explicassem este “fenómeno”, na prática e sem aldrabices, uma vez que o saldo demográfico negativo de -0,57%
ao ano não será argumento.
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