Sim, agora, na fase da vida em que eles mais necessitam de tudo, é quando
o Estado (leia-se Governo), que se auto-investiu de um brutal poder discricionário e absoluto, decidiu retirar-lhe a quase totalidade do pouco que eles ainda tinham para
sobreviver.
Desde os roubos (já foram vários) nas reformas, até aos cortes nos acessos à
saúde, aos cortes nos passes dos transportes, na eliminação da acessibilidade
aos sistemas de apoio social, o que o Governo lhes está a dizer, agindo assim com eles, é isso mesmo:
“foi inútil a vossa passagem por esta vida” não trabalharam, não produziram, não
pagaram impostos, não descontaram para terem uma reforma, e agora ainda querem viver à custa do Estado? Fostes uns inúteis
para o país, portanto paguem pela vossa inutilidade. Sobrevivei à vossa custa,
porque o Portugal para o qual vos esforçastes toda uma vida a trabalhar de sol a sol, o país para o qual criastes a
riqueza de que nós hoje estamos a usufruir e a vender a pataco, o país onde pagastes os impostos que nós estamos a usar para tapar os buracos financeiros que criámos, o país onde passastes carências de vária ordem para educar e formar os vosso filhos, esse país, do qual nós nos investimos de donos e senhores, não vos reconhece qualquer
mérito nem sequer utilidade na consumação dos objetivos que nos norteiam. Por isso sois apenas um impecilho e uma cambada de inúteis.
Assim pensa, assim diz e assim faz este Governo de perdição nacional. Há no entanto um pequeno detalhe que em democracia não é
desprezível: - Os reformados ainda votam, e são quase 3 milhões deles.
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