(Gráfico de Pralixados - Clique para ampliar)
Fonte dos Dados: http://www.igcp.pt/gca/?id=86
No dia em que ouvimos o Governo a regozijar-se por ter endividado o país em mais mil e trezentos milhões de Euros, recordo o “ai aguenta, aguenta”, proferido por um conhecido banqueiro quando
se referia à continuidade dos sacrifícios que tem sido impostos ao Povo por este governo do
PSD/CDS.
Já em março passado aqui escrevi sobre a impossibilidade de Portugal pagar a dívida que já tem, que cresce mês após mês, e de cujo dinheiro os portugueses nem a cor vêem. Hoje dedico três linhas apenas aos encargos com os juros dessa dívida.
Só de juros da dívida Portugal está a pagar cerca de 8.000 milhões de Euros por ano aos credores (é o valor que está inscrito no Orçamento do Estado para 2014).
Ora esta brutalidade de juros tem como resultado o sangramento do país de um fluxo financeiro que nada produz e que só acrescenta dívida à dívida:
São 21.917.808,00€ por dia (366 dias), quase 22 milhões, que saem do país;
153.846.154,00€ por semana (52 semanas/ano), quase 154 milhões por semana;
666.666.667,00€, quase 667 milhões por mês;
>> São 150,00€ por mês que paga cada cidadão ativo (pessoa que está em condições de exercer uma profissão, quer esteja ou não empregado). Só de juros, convém não esquecer, porque o pagamento do capital vai sendo “empurrado com a barriga para a frente”, até alguém, com lucidez suficiente, concluir que simplesmente, tal como está estruturada, será impossivel de pagar.
Ai não aguenta não, digo eu, e veremos, mais cedo do que tarde, que não aguenta porque só a dívida do Estado, cuja evolução o gráfico acima reproduz, vai trucidar-nos em menos de 3 anos. Os "rosas" do PS, na ponta final do mandato já não a contiveram, mas muito menos os "laranjas" do PSD/CDS, que apregoaram que a iam pagar, sequer a controlaram, antes a aumentaram bem mais até que o governo anterior.
Desde 2008 (ano de início da crise Internacional) que tem anualmente disparado para níveis cada vez menos sustentáveis e com a dívida dispararam os juros a pagar. Por mais austeridade que o Governo nos coloque em cima dos ombros, não há forma de sair desta espiral sem mudar a abordagem ao problema.
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