Boas Vindas

Se é, está, ou foi lixado, seja bem vindo a um blogue P´ralixados. Se não é, não está ou não foi lixado, seja bem vindo na mesma porque, pelo andar da carruagem, mais cedo do que tarde acabará também por se sentir lixado. Um abraço.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A Dívida? Então e Nós?


(Gráfico de Pralixados - Clique para ampliar)
Fonte dos Dados:  http://www.igcp.pt/gca/?id=86

No dia em que ouvimos o Governo a regozijar-se por ter endividado o país em mais mil e trezentos milhões de Euros, recordo o “ai aguenta, aguenta”, proferido por um conhecido banqueiro quando se referia à continuidade dos sacrifícios que tem sido impostos ao Povo por este governo do PSD/CDS.

Já em março passado aqui escrevi sobre a impossibilidade de Portugal pagar a dívida que já tem, que cresce mês após mês, e de cujo dinheiro os portugueses nem a cor vêem. Hoje dedico três linhas apenas aos encargos com os juros dessa dívida.

Só de juros da dívida Portugal está a pagar cerca de 8.000 milhões de Euros por ano aos credores (é o valor que está inscrito no Orçamento do Estado para 2014).

Ora esta brutalidade de juros tem como resultado o sangramento do país de um fluxo financeiro que nada produz e que só acrescenta dívida à dívida:

São 21.917.808,00€ por dia (366 dias), quase 22 milhões, que saem do país;

153.846.154,00€ por semana (52 semanas/ano), quase 154 milhões por semana;

666.666.667,00€, quase 667 milhões por mês;

>> São 150,00€ por mês que paga cada cidadão ativo (pessoa que está em condições de exercer uma profissão, quer esteja ou não empregado). Só de juros, convém não esquecer, porque o pagamento do capital vai sendo “empurrado com a barriga para a frente”, até alguém, com lucidez suficiente, concluir que simplesmente, tal como está estruturada, será impossivel de pagar.

Ai não aguenta não, digo eu, e veremos, mais cedo do que tarde, que não aguenta porque só a dívida do Estado, cuja evolução o gráfico acima reproduz, vai trucidar-nos em menos de 3 anos. Os "rosas" do PS, na ponta final do mandato já não a contiveram, mas muito menos os "laranjas" do PSD/CDS, que apregoaram  que a iam pagar, sequer a controlaram, antes a aumentaram bem mais até que o governo anterior. 
Desde 2008 (ano de início da crise Internacional) que tem anualmente disparado para níveis cada vez menos sustentáveis e com a dívida dispararam os juros a pagar. Por mais austeridade que o Governo nos coloque em cima dos ombros, não há forma de sair desta espiral sem mudar a abordagem ao problema.

Sem comentários:

Enviar um comentário