Boas Vindas

Se é, está, ou foi lixado, seja bem vindo a um blogue P´ralixados. Se não é, não está ou não foi lixado, seja bem vindo na mesma porque, pelo andar da carruagem, mais cedo do que tarde acabará também por se sentir lixado. Um abraço.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Falácia do Regresso aos Mercados

- clique na imagem para a ampliar -
(O Ciclo Infernal da Austeridade e Endividamento)

O Governo está a fazer uma ruidosa campanha de marketing porque ontem, através de um sindicato bancário, que tomou firme a operação, conseguiu colocar (vender) Obrigações do Tesouro com a “maturity date” de 5 anos, num montante razoável – quase 4 mil milhões de Euros – e com uma procura a triplicar a oferta. Até aqui tudo joia.

O que o Governo não nos conta é o reverso da medalha, que é o seguinte:

- A operação não tem nenhum efeito prático positivo nos bolsos dos contribuintes, antes pelo contrário, porque quer amortização de capital quer juros vão ser pagos pelos nossos impostos;

- Portugal vai ter que pagar juros de quase 5% por este empréstimo obrigacionista, enquanto que a Espanha, que também ontem vendeu dívida no mercado, pelo mesmo prazo, o fez a uma taxa de pouco mais de 2%;

- Estamos a pedir dinheiro emprestado, que em vez de ser canalizado para investimento produtivo dinamizador da economia, é exclusivamente para pagar juros e amortizar dívida contraída em anos anteriores a agravada com com os 78 mil milhões da Troika;

Persistindo o Governo da Nação, tenha ele a cor que tiver, neste ciclo infernal, tão de pressa não vamos a lado nenhum, melhor, vamos , vamos é para pior, porque nem um cêntimo deste dinheiro é canalizado para reanimar a economia, retorna todo, inteirinho e com juros, para os bolsos de quem, usurariamente, nos emprestou a massaroca.
Desgraçadamente não se vislumbra nenhum politico na praça (a opção é apenas politica) com intenções de colocar um fim a este ciclo infernal, e com a politica que o atual Governo tem seguido a crise será interminável e não haverá regresso a mercados coisa nenhuma.


1 comentário:

  1. Alexander Sack ex-ministro dos Ksars quando em 1922 definiu que as pessoas que as têm de pagar deveriam ser ouvidas previamente, caso contrário as mesmas ao serem classificadas como odiosas deveriam ser aqueles que as contraíram a pagá-las. Por cá continua-se a entender que só nas urnas é que os políticos serão penalizados e quem vier atrás que sofra as consequências o que é pena porque têm sido os mesmos a pagar este modelo de gestão.

    ResponderEliminar