(Assalto ao cidadão - Imagem da Internet)
O assalto ao cidadão
continua. Agora com o anunciado
aumento da Taxa de Audiovisual (Taxa para ver Televisão e ouvir Rádio) que nos
é cobrada na fatura da eletricidade.
Em 1991 o Eng.º António Guterres, quando era Primeiro
Ministro, aboliu a famigerada “Taxa de Televisão” da RTP, sustentando que a RTP
prestava um serviço público e como tal deveria ser pago pelos impostos dos
cidadãos, sem necessidade de existir uma taxa específica. Esta Taxa era devida
por quem tivesse televisão e era paga por aparelho, ou seja quem tivesse um
televisor pagava uma Taxa, quem tivesse 2 pagava duas Taxas e assim por diante.
Em Agosto de 2003, a Lei n.º 30/2003, da iniciativa do
Governo do Dr. Durão Barroso, volta a introduzir a famigerada “Taxa da
Televisão”, que passa a ser cobrada na fatura da eletricidade a todos os
cidadãos, quer tivessem ou não televisão e independente da quantidade de
televisores que existissem em cada agregado familiar.
Este ato, com exceção da injustiça para com as pessoas que
passaram a pagar sem terem TV, até se poderia compreender e aceitar tendo em
conta que à data era fornecido um serviço em troca da taxa reintroduzida (é
essa a filosofia de uma taxa, cobrar por um serviço prestado).
O que já não se compreende e aceita é que na atualidade o
Presidente da RTP, o Snr. Dr. Alberto da Ponte, venha a terreiro
defender um aumento da Taxa do Audiovisual, e muito menos se pode aceitar no
contexto em que o fez e pelos motivos que o fez. É que o Snr Alberto da Ponte
referindo-se à intenção de fazer um despedimento coletivo na RTP (porque tem
que reduzir custos) aproveita para declarar que a taxa tem que ser aumentada.
Ora isto é nem mais nem menos do que mais uma penalização
para o cidadão e uma dupla tributação. Primeiro porque despede trabalhadores para
reduzir custos e aproveita a redução de custos para aumentar duplamente os
proveitos (pela via dos despedimentos e pela via da taxa). Segundo porque mais
de 60% dos lares que possuem televisão têm serviço de Cabo contratado, logo não
usam o serviço de sinal aberto da RTP, mas sim o do fornecedor do serviço de
cabo, e este já paga à RTP para transmitir o seu sinal.
Ou seja, se o Governo der cobertura às intenções do Presidente
da RTP, acabamos por ser duplamente taxados pelo serviço público da RTP, uma
taxa direta na fatura, aumentada, da energia elétrica, e uma taxa indireta no
Serviço de Cabo.
E é assim, com mais Impostos, com novos Impostos, com Taxas,
Retaxas e Sobretaxas, que estes salteadores que se instalaram no poder vão
roubando os cidadãos, para distribuírem o proveito do saque pelos seus
correligionários e clientelas politicas.
Já uma vez fiz esta pergunta neste espaço e volto a
repeti-la: - Alguém sabe informar para onde foram os 75.000.000.000,00 de Euros
que a Troika enviou para Portugal em 3 anos? É que são 7.500,00€ por cada
habitante (seja recem nascido, jovem ou velho, pobre, remediado ou rico). Como não tive notícia que o Governo os tenha distribuído pelos cidadãos, antes lhe retirou
20.000.000.000,00€ em austeridade (cortes salariais, cortes nas reformas, mais
e maiores impostos), alguém se abotoou com tanta massa e juro que não fui eu.
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