Boas Vindas

Se é, está, ou foi lixado, seja bem vindo a um blogue P´ralixados. Se não é, não está ou não foi lixado, seja bem vindo na mesma porque, pelo andar da carruagem, mais cedo do que tarde acabará também por se sentir lixado. Um abraço.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Há Hienas em Portugal ?


(Imagem da Internet)

As Hienas são uma espécie temível pelos animais da savana africana por serem exímias caçadoras, persistentes e cruéis predadoras. Caçam em grupo, podendo manter a perseguição a uma presa por longos períodos, até à sua exaustão. Fazem-no preferencialmente de noite, embora possam pontualmente caçar de dia.

Até há pouco tempo não havia notícia de que esta espécie existisse em Portugal. Porém como há fenómenos que a ciência não consegue explicar, aconteceu que há uns dias atrás o país, estupefacto, foi confrontado com uma humilhante caçada, por parte desta espécie, a uma presa que perseguiram na sombra durante anos.
Alguns portugueses, numa atitude heróica e defensora dos mais elementares direitos da presa, ainda esboçaram uma reprimenda aos bichos, para os remeter às fronteiras do seu couto e os obrigar ao cumprimento das mais elementares regras da caçada. Rapidamente se levantou uma horda de “democratas”, talvez defensores dos métodos nada transparentes dos ditos predadores, que logo, do alto dos seus diversos poleiros gritaram em uníssono “às hienas o que é das hienas” e assim a presa, presa foi e assim continua a ser, presa.

Muito mal vai uma comunidade, seja de animais, seja de humanos, que, alegando separação de poderes entre os diversos predadores que a constituem – que, assumindo as mais diversas facetas, se banqueteiam com os despojos dos mais fracos e humildes - , deixa os seus membros serem humilhados e inibidos dos mais elementares direitos de liberdades e garantias, por grupos dominantes que, de quando em vez, pela calada e na escuridão da noite surgem das sombras para fazerem o que muito bem querem e entendem sem que nada nem ninguém os enfrente e os remeta à dimensão da sua significância exigindo-lhe o cumprimento das mais básicas regras de coexistência entre os poderes, deveres e direitos de cada um.
Uma comunidade que envereda por esse caminho, tende para uma comunidade que primeiro começa por fazer tábua rasa das leis e das regras que ela própria fez, que rapidamente passa a fazer imperar a lei do mais forte; E da lei do mais forte à lei da selva e à ditadura dos mais cruéis é um passo de pardal. Estamos quase lá e a forma como escrevo este texto, ao jeito de uns quantos que escrevi antes de 25 de Abril de 74, é disso já um exemplo porque há poderes que se consideram intocáveis e por isso acima da Lei.


Sem comentários:

Enviar um comentário