Boas Vindas

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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Sistema bancário: - Nunca há culpados?


(Imagem da capa da Revista FEBASE nº 60 de 2016/02)

Pergunta muito pertinente, esta da autoria do Aníbal Ribeiro, feita no Editorial da Revista FEBASE (Federação de Sindicatos do Setor Financeiro) deste mês. 
Esta pergunta exigir uma resposta. Estes 20 mil milhões de Euros saem dos impostos usurários que pagamos. Transcrevo o artigo:

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“Nos últimos sete anos, entre 2008 e 2015, o Estado Português – e através deste, os contribuintes – já gastou em apoios aos bancos (BPN, BES, BPP, Banif ) qualquer coisa como 20 mil milhões de euros. Ou seja, mais de 11% do PIB Português! Até quando continuará esta vergonha? Ninguém é responsabilizado, ninguém é preso. A culpa dos grandes demora sempre uma eternidade a ser apurada e morre quase SEMPRE solteira! Conceituados banqueiros internacionais já mostraram por diversas vezes que veem com enorme preocupação a triste situação a que chegámos. Apontam caminhos com preocupações sociais – entenda-se trabalhadores – aos nossos políticos, gastam muito tempo… sem levar a conclusão nenhuma. Recentemente, a Direção-Geral da Concorrência (DGCom) da Comissão Europeia assumia o adiamento da venda do Banif ao anterior Governo, para não perturbar a saída limpa do programa de assistência. Na realidade, entenda-se como uma ocultação da real situação em que se encontrava a instituição financeira, por clara iniciativa governamental. Não terá sido este tipo de cumplicidade que arrastou também o BES por um período de ilusões que vitimou tantas poupanças de portugueses, cá e fora do País? Também o Banco de Portugal, entidade reguladora não se sabe bem de quê, teve nos dois últimos governadores elementos que nada fizeram no sentido de regular e fiscalizar a banca em Portugal. Pode-se perguntar: o que fez o governador do Banco de Portugal? Já se viu que o modelo não serve e não é fiável! Qual será o próximo banco a ser intervencionado? Por muito esforço que este País faça – principalmente os trabalhadores bancários e o povo – assim não vamos lá! É preciso substituir estes “desgovernadores”, implementar mecanismos necessários para que esta VERGONHA, pelo menos com esta frequência e impunidade, termine”. Aníbal Ribeiro.



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A Imprensa Que Temos


(Imagem da Internet)

Felizmente, desta vez, não é em Portugal que está mais um banco “aflito”.

O Deutsche Bank, o maior banco alemão e uma das maiores instituições financeiras do mundo, fundada em 1870, indicia estar com problemas, tendo o banco já admitido recomprar parte das Obrigações por si emitidas (dívida do banco aos seus clientes) para tentar travar a pressão dos "mercados", essas eternas eminências pardas que tudo destroem nesta voragem capitalista prestes a implodir.

Mais um banco Europeu prestes a  estourar, mas a quase generalidade dos média Portuguesa parece ter sido instruída pelo sr. Wolfgang Schäuble para ficarem em silêncio para não assustarem os mercados.
Deveriam ter feito o mesmo cá no burgo quando tal se impunha, mas quando toca a provocar pânico por cá e a ajudar a destruir as instituições nacionais é ver quem o pior diz e faz. É a imprensa que temos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Um Pesadelo Chamado União Europeia


- As estrelas estão a perder o brilho -

Já aqui escrevi várias vezes que fui um entusiasta apoiante da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), um acérrimo defensor da União Europeia (UE) e considerei uma honra a entrada de Portugal no Clube do Euro.

O decorrer dos anos fez-me atentar no quanto iludido eu estava. Com a nomeação (não por eleição) por compadrio ideológico e interesses financeiros, para os mais altos cargos europeus de gente sem escrúpulos, gente sem princípios democráticos e de políticos subservientes e incompetentes, a UE foi-se afastando do seus princípios fundadores e desviou-se 180º do rumo que tinha traçado.

Chegamos à atualidade com uma União, pobre, descaraterizada, esventrada, minada por lobistas e intriguistas, na qual reina um poder quase absoluto de dois ou três estados que se apropriaram das instancias de decisão e através delas subjugaram os restantes:

- Multiplicaram-se os Órgãos e os cargos preenchidos por burocratas nomeados por diretórios políticos dos países mais poderosos;
- Alguns países membros, verdadeira razão para a existência de uma União, são desrespeitados e descredibilizados por dirigentes autoritários sem qualquer mandato democrático;
- Todos os países membros estão sujeitos a uma cartilha de deveres, que os mais influentes só cumprem quando lhes convém, e que são os mesmos que reservam para si todos os direitos;.
- Os Governos de países soberanos, que ascenderam ao poder em resultado de eleições democrática e livres, são descredibilizados pelos mais altos dirigentes Europeus e destruídos na Comunicação Social a soldo dos interesses de influentes minorias poderosas bem instaladas na orgânica da União;
- A sua unidade monetária (€) que deveria ser a salvaguarda da manutenção de equidades e valer o mesmo para todos, vale mais para uns do que para outros (com 10€ deveria poder adquirir-se o mesmo em Portugal ou na Alemanha);
- A União Económica é uma mentira (o salário de um médico deveria ser igual em Portugal ou em França. Era este o espírito da fundação da União);
- A União Politica é um engodo no qual os Órgãos de cúpula (não eleitos, repito) mandaram a democracia às urtigas e governam a Europa através da chantagem, do medo e das “informações” convenientes que passam para os média.

Definição: - A União Europeia é uma união económica e política de 28 Estados-membros independentes.
Realidade: - A União Europeia é uma união económica e política de alguns Estados-membros independentes que subjugaram outros estados-membros que perderam a independência.

A União Europeia foi um sonho que se transformou num pesadelo.