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domingo, 10 de dezembro de 2017

Os "Especialistas" de Fogos e a Dura Realidade

(Sobral Magro, 7 de Novembro de 2017)
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Quase dois meses depois do apocalíptico fogo que varreu temporariamente da Natureza viva mais de 1.500 km2 e reduziu a cinza a quase totalidade dos concelhos de Pampilhosa da Serra, Arganil, Oliveira do Hospital, Tábua, Lousã e limítrofes, obtive as fotos abaixo numa pequena zona do Concelho de Arganil, em concreto nos arredores da aldeia de Sobral Magro na freguesia de Pomares.
Já tinha percorrido de automóvel parte desta vasta zona de desastre. Desde Penacova até S. Romão quase não vi um ponto verde em todo o percurso de 65 km, e ao que sei, desde Fajão até Santa Comba Dão (60 km) está igual.

No detalhe da cada foto descrevo algumas situações especificas a cada imagem, e apesar do insignificante apontamento textual e fotográfico, dá bem para concluir que algo de absolutamente anormal e invulgar ocorreu neste desastre.

Bem podem as dezenas de “especialistas em fogos”, diplomados a martelo nos bancos dos estúdio das Rádios, das TVs e das Redações dos jornais, pregar as suas teorias e atirar para as populações, para as Autarquias, Governo, e restantes Autoridades Civis e Militares, a responsabilidade por este desastre, que não passarão de insignificantes acéfalos que não sabem de que falam e se limitam a enformar cenários fantasiosos que construíram nas suas cabecinhas alienadas por ódios pessoais ou pela cegueira partidária.
Antes de acusarem quem quer que fosse deveriam ter-se equipado para o rigor do cenário e ter ido para o terreno constatar o que efetivamente se passou, onde se passou, como se passou e porquê se passou e depois estariam então em condições de comentar qualquer coisa real em vez de nos debitarem todos os dias fantasias em forma de tétricas novelas.

(Clicar nas imagens para ampliar)

1 - Vista parcial da aldeia (ardeu tudo menos as casas)

2 - Parcial da encosta Norte da Serra do Açor

3 - Parcial da encosta Norte da Serra do Açor e aldeia de Soito da Ruiva ao cimo

4 - Casal de Espinho (arredores)


5 - Acesso Norte à aldeia de Sobral Magro

6 - O que restou de antigos socalcos de cultivo

7 - Restos do que foi uma casa rural de apoio à lavoura


8 - Para onde quer que se olhe, em redor tudo é negro e cinza

9 - O que resta de um castanheiro secular

10 - Até as rochas "arderam" (afloração de xisto com incrustações de quartzito). Algumas explodiram

11 - Imagem generalizada por dezenas e dezenas de quilometros quadrados

12 - Duas aldeias vizinhas (Sobral Gordo à direita e Soito da Ruiva à esquerda) no meio do negro e da cinza.