Boas Vindas

Se é, está, ou foi lixado, seja bem vindo a um blogue P´ralixados. Se não é, não está ou não foi lixado, seja bem vindo na mesma porque, pelo andar da carruagem, mais cedo do que tarde acabará também por se sentir lixado. Um abraço.

domingo, 24 de maio de 2015

Caloteiros Sem Saber


(Imagem da Internet)

Somos todos caloteiros sem que o saibamos.

Porquê? Porque o Estado Português, em nosso nome, criou uma astronómica dívida de 226.300.000.000€ (duzentos e vinte e seis mil e trezentos milhões de Euros), que ninguém consegue explicar em concreto aos bolsos de quem foi parar tanto dinheiro.

E saberemos mesmo o que este número  significa? 

- Significa 130,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja toda produção de bens e serviços de Portugal durante 1,3 anos.

- Significa que cada Português vivo, qualquer que seja a sua idade, tem uma dívida de 22.630,00€ que não sabe a quem deve, nem porque deve, mas que deve.

- Significa que só de juros desta dívida o Estado paga por ano  8.000.000.000€ (oito mil milhões de Euros) a quem cá colocou a maçaroca, que alguém gastou, mas ninguém sabe explicar quem nem onde.

- Significa que cada dia que passa cada Português vivo paga 2,19€ de juros dessa dívida que não sabe que deve.

E significa ainda outra coisa mais interessante, é que há apenas 4 anos, quando Sócrates foi derrubado na Assembleia da República pela coligação "Ad hoc" entre o PSD/CDS/PCP/BE/PEV, a dívida do Estado em percentagem do PIB era de 94%. Em 4 anos subiu 36% à média de 9% ao ano.

E ainda há por aí quem esteja convencido que o país está melhor e que esta dívida é pagável. Ignorantes.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Palavras para quê?


(Imagem da Internet)

Alegando que o país estava na bancarrota (facto de que ainda se aguarda demonstração), que vivíamos acima das possibilidades, que éramos uns preguiçosos e uns malandros da pior espécie, o Governo do PSD/CDS valeu-se da presença da “troika” para sustentar a aplicação de uma série de castigos e malfeitorias que, sem dó nem piedade, infligiu ao Povo, alegando que “… no final do período de ajustamento económico estaríamos melhor...”, quando o único objectivo era o empobrecimento dos portugueses através de um saque fiscal, corte de salários e pensões e confisco de bens.

Ao que os dados disponíveis indicam, o conceito de “estar melhor” não é, para o Governo, o mesmo que para o comum dos cidadãos. Parece que é até o seu contrário. Senão vejamos a evolução de alguns indicadores económicos durante os 4 anos de consulado deste Governo (2011 a 2015):
- Clique nas imagens para ampliar -

Evolução da Dívida Pública em percentagem do PIB
 Aumentou 36,2%


Evolução da Taxa de Desemprego 
Aumentou 1,6% (e está a voltar a aumentar)

MAS…. a evolução da taxa de desemprego tem que ser conjugada com os dois gráficos seguintes, porque a população ativa diminuiu:

  
Evolução do número de Pessoas Desempregadas (Oficiais)
Aumentou 49.300


Evolução do número de Pessoas Empregadas
 Diminuiu 303.000 (este número revela a aldrabice que se passa com a estatística do emprego)

Se os Portugueses voltarem a dar a maioria a estes pantomineiros, é porque realmente gostam de conviver com a mentira ou então estarão próximo da demência.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Professores - A Humilhação de Toda uma Classe


(Imagem da Internet)

No final da passada semana a generalidade dos órgãos de comunicação social brindavam-nos com títulos sugestivos como “Mais de 60% dos Professores chumbaram a Português”; ”Professores chumbam nas provas de Português e Física”, etc..
Isto dito e escrito desta forma, além de falacioso e incorreto humilha toda uma classe profissional que, com todas as insuficiências de um país periférico, conseguiu, em duas décadas, colocar Portugal no top five da literacia e do conhecimento na Europa.

Referiam-se os senhores articulistas de tais dislates aos resultados das provas específicas inventadas pelo sinistro ministro Crato do famigerado Governo de Passo & Portas, provas que abrangeram os Professores contratados com menos de cinco anos de docência, num total de pouco mais de 1.300. Ora partir daqui para a generalização, visa tão só e apenas a humilhação, aos olhos da opinião pública e dos alunos, de toda uma classe de milhares de professores.

O que me levou a abordar aqui este assunto foi o facto de, além de não ter ouvido ninguém (posso andar distraído) refutar a falácia e os objetivos obscuros destas notícias, revoltou-me o silêncio cúmplice do Dr. Mário Nogueira e da sua FENPROF, tão lestos em reações turbulentas e truculentas quando outros governantes, anteriores a estes salteadores de agora, pugnavam pela dignidade da classe, acautelavam os seus empregos e lhe mantinham os salários.

Diz-nos o Sr. Dr. Crato, com aquele ar de padroeiro da pantominice, que “… não são exames de seleção para atirar para o desemprego mais umas centenas de professores, são sim provas de avaliação de desempenho como existem nas empresas privadas…”. Mentira Sr. Ministro, nas empresas privadas há de facto avaliações anuais de desempenho, mas o que há também é uma grande diferença no método e no processo, e sobretudo no objetivo, para as efetuar: -  Além de não serem avaliações exclusivas, as empresas têm processos de formação contínua, formam primeiro e avaliam depois, com o objetivo de valorizar e premiar os seus colaboradores de acordo com o seu desempenho em cada ano. No MEC não se forma, nem se avalia, apenas se exclui.