Boas Vindas

Se é, está, ou foi lixado, seja bem vindo a um blogue P´ralixados. Se não é, não está ou não foi lixado, seja bem vindo na mesma porque, pelo andar da carruagem, mais cedo do que tarde acabará também por se sentir lixado. Um abraço.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Professores - A Humilhação de Toda uma Classe


(Imagem da Internet)

No final da passada semana a generalidade dos órgãos de comunicação social brindavam-nos com títulos sugestivos como “Mais de 60% dos Professores chumbaram a Português”; ”Professores chumbam nas provas de Português e Física”, etc..
Isto dito e escrito desta forma, além de falacioso e incorreto humilha toda uma classe profissional que, com todas as insuficiências de um país periférico, conseguiu, em duas décadas, colocar Portugal no top five da literacia e do conhecimento na Europa.

Referiam-se os senhores articulistas de tais dislates aos resultados das provas específicas inventadas pelo sinistro ministro Crato do famigerado Governo de Passo & Portas, provas que abrangeram os Professores contratados com menos de cinco anos de docência, num total de pouco mais de 1.300. Ora partir daqui para a generalização, visa tão só e apenas a humilhação, aos olhos da opinião pública e dos alunos, de toda uma classe de milhares de professores.

O que me levou a abordar aqui este assunto foi o facto de, além de não ter ouvido ninguém (posso andar distraído) refutar a falácia e os objetivos obscuros destas notícias, revoltou-me o silêncio cúmplice do Dr. Mário Nogueira e da sua FENPROF, tão lestos em reações turbulentas e truculentas quando outros governantes, anteriores a estes salteadores de agora, pugnavam pela dignidade da classe, acautelavam os seus empregos e lhe mantinham os salários.

Diz-nos o Sr. Dr. Crato, com aquele ar de padroeiro da pantominice, que “… não são exames de seleção para atirar para o desemprego mais umas centenas de professores, são sim provas de avaliação de desempenho como existem nas empresas privadas…”. Mentira Sr. Ministro, nas empresas privadas há de facto avaliações anuais de desempenho, mas o que há também é uma grande diferença no método e no processo, e sobretudo no objetivo, para as efetuar: -  Além de não serem avaliações exclusivas, as empresas têm processos de formação contínua, formam primeiro e avaliam depois, com o objetivo de valorizar e premiar os seus colaboradores de acordo com o seu desempenho em cada ano. No MEC não se forma, nem se avalia, apenas se exclui.



Sem comentários:

Enviar um comentário