Boas Vindas

Se é, está, ou foi lixado, seja bem vindo a um blogue P´ralixados. Se não é, não está ou não foi lixado, seja bem vindo na mesma porque, pelo andar da carruagem, mais cedo do que tarde acabará também por se sentir lixado. Um abraço.

sábado, 22 de outubro de 2016

A Visão e a Razão de Sócrates


(Imagem da Internet)

O Aeroporto de Lisboa, agora justamente rebatizado para Aeroporto Humberto Delgado, está esgotado. Não há espaço aéreo suficiente (teto para voar como se diz na gíria) para as necessidades, e os atrasos nas chegadas e nas partidas são o pão nosso de cada dia e cada dia piora.
Quem o afirma é a NAV Portugal, a empresa que assegura o controlo de todo o tráfego aéreo em cerca de 6 milhões de Km2 de espaço aéreo, e zela pela segurança das aeronaves através das RIV (*) Lisboa e RIV Santa Maria.

Acontece que José Sócrates quase foi crucificado por ter lançado um projeto para um novo aeroporto que servisse Lisboa e desdobrasse o da Portela. Todos nos recordamos o que lhe chamaram e o que lhe fizeram por causa dessa iniciativa, iniciativa que o Governo que lhe seguiu suspendeu, ato que custou uns largos milhões aos contribuintes (mas disso não se fala, fala-se só do “despesismo socrático”).

Agora aí está o resultado das vistas curtas. Lisboa (e Portugal) estão num “boom” de turismo e as infraestruturas aeroportuárias a rebentar pelas costuras e sem alternativa, devido a uns quantos atrasados mentais que se alcandoraram a governantes e deu no que deu. Vamos pagar a sua irresponsabilidade durante décadas.

Como sempre a História a fazer-se por si mesma. José Sócrates além de visão tinha razão.


(*) RIV – Região de Informação de Voo.

5 comentários:

  1. Só os cegos,de espírito,não vêem a evidência...E oxalá não aconteça nenhum incidente sério no espaço aéreo de Lisboa!!!

    ResponderEliminar
  2. Caro Pralixados,
    Cada vez mais é visível a olho nú o desespero do cavaquistão quer na política quer na magistratura quer no empresariado ou outros grupos imobilistas sociais, acerca de Sócrates.
    É que a História está contra eles e do lado de Sócrates como é hoje cada vez mais evidente. E não têm qualquer hipótese de virem a ter um dia razão no que quer que seja que Sócrates, com inteligente instinto político visionário, empreendeu e tentou empreender.
    Podem ter conseguido destruir o homem político, e ainda não é liquido que o consigam, mas o Sócrates homem histórico vai afirmar-se e entranhar-se compreensivelmente no seio do povo e então já nada o impedirá de ocupar o seu lugar na História enquanto os seus detratores nem a uma nota de roda-pé terão direito.

    ResponderEliminar
  3. Como mabecos raivosos atiraram-se a Sócrates até o derrotarem ("...eles comem-me vivo...", bem disse ele uma vez em Moçambique).
    Agora tentam derrotar este governo, e sentindo que já perderam a batalha do OE2017, o chefe de fila Coelho boquinhas orelhudo deu o toque de guerra para início da operação que maior prazer lhes daria - o fracasso da operação de regeneração da CGD. Pois que através da polémica com o presidente da Caixa espera que este se "chateie" e bata com a porta. Espero é que o senhor tenha a calma e a resistência suficiente para não lhe(s) fazer a vontade e os desespere perante mais um fracasso das suas idiotas iniciativas.

    ResponderEliminar
  4. Estupidez Coletiva
    "Duas decisões estratégicas fundamentais teriam sido a construção do aeroporto fora da cidade de Lisboa, um hub à altura do tráfego futuro com a Europa, África, Ásia e América do Sul, e a construção de uma rede de alta velocidade ligada à Europa. Estas decisões deveriam ter sido tomadas e executadas antes de Sócrates, mas os interesses em disputa e a ganância dos operadores, respaldados nos habituais escritórios de grandes advogados e numa banca ávida de lucro fácil fez com que nunca os agentes políticos conseguissem chegar a uma decisão. Os agentes políticos são o que são. Privilegiaram o transporte individual e a construção de autoestradas (hoje vazias) e deixaram que os transportes ferroviários e os transportes urbanos se degradassem ou perdessem dinheiro até se tornarem insustentáveis". (Clara Ferreira Alves/Maio 2015).

    ResponderEliminar
  5. TGV Teria dado certo.

    Mas o que se disse relativamente às iniciativas que tomou, não é exacto. O TGV, por exemplo, foi uma iniciativa arrojada e arriscada. Curiosamente, teria dado certo. A UE suportava parte importante dos custos e o Euro caiu entretanto 30% significando isto que a obra se teria concretizado por uma parcela quase desprezível do seu valor. Dificilmente teria sido concebível melhor negócio. Em alternativa, perderam-se os financiamentos, perderam-se os investimentos iniciais (se bem percebi) e pagaram-se indemnizações vultuosíssimas. Por: Joseph Praetorius.

    ResponderEliminar