Quase dois meses depois do apocalíptico fogo
que varreu temporariamente da Natureza viva mais de 1.500 km2 e reduziu a cinza
a quase totalidade dos concelhos de Pampilhosa da Serra, Arganil, Oliveira do
Hospital, Tábua, Lousã e limítrofes, obtive as fotos abaixo numa pequena zona
do Concelho de Arganil, em concreto nos arredores da aldeia de Sobral Magro na
freguesia de Pomares.
Já tinha percorrido de automóvel parte
desta vasta zona de desastre. Desde Penacova até S. Romão quase não vi um ponto
verde em todo o percurso de 65 km, e ao que sei, desde Fajão até Santa Comba
Dão (60 km) está igual.
No detalhe da cada foto descrevo algumas
situações especificas a cada imagem, e apesar do insignificante apontamento textual
e fotográfico, dá bem para concluir que algo de absolutamente anormal e invulgar
ocorreu neste desastre.
Bem podem as dezenas de “especialistas em
fogos”, diplomados a martelo nos bancos dos estúdio das Rádios, das TVs e das
Redações dos jornais, pregar as suas teorias e atirar para as populações, para
as Autarquias, Governo, e restantes Autoridades Civis e Militares, a responsabilidade
por este desastre, que não passarão de insignificantes acéfalos que não sabem
de que falam e se limitam a enformar cenários fantasiosos que construíram nas
suas cabecinhas alienadas por ódios pessoais ou pela cegueira partidária.
Antes de acusarem quem quer que fosse
deveriam ter-se equipado para o rigor do cenário e ter ido para o terreno constatar o que efetivamente se passou, onde se passou, como se
passou e porquê se passou e depois estariam então em condições de comentar
qualquer coisa real em vez de nos debitarem todos os dias fantasias em forma de tétricas novelas.
(Clicar nas imagens para ampliar)
1 - Vista parcial da aldeia (ardeu tudo menos as casas)
2 - Parcial da encosta Norte da Serra do Açor
3 - Parcial da encosta Norte da Serra do Açor e aldeia de Soito da Ruiva ao cimo
4 - Casal de Espinho (arredores)
5 - Acesso Norte à aldeia de Sobral Magro
6 - O que restou de antigos socalcos de cultivo
7 - Restos do que foi uma casa rural de apoio à lavoura
8 - Para onde quer que se olhe, em redor tudo é negro e cinza
9 - O que resta de um castanheiro secular
10 - Até as rochas "arderam" (afloração de xisto com incrustações de quartzito). Algumas explodiram
11 - Imagem generalizada por dezenas e dezenas de quilometros quadrados
12 - Duas aldeias vizinhas (Sobral Gordo à direita e Soito da Ruiva à esquerda) no meio do negro e da cinza.
Ainda hoje, só a ver as fotos, arrepia.
ResponderEliminarUm cenário absolutamente dantesco.
Aquele abraço, boa semana
Corvo Negro, isto não é contigo também?
ResponderEliminar_____
Eric
22 DE DEZEMBRO DE 2017 ÀS 17:37
«Finalmente, é espantoso que Valupi repita esta cassete, de uma forma cada vez mais desvairada e alucinada, e não seja obrigada a assumir a responsabilidade pelo que está a fazer no espaço público.», um humilde sublinhado e uma ainda mais humilde alteraçãozinha assim ao jeito de um presente de Natal antecipado (sobre o resto, a responsabilidade nomeadamente, o anonimato Valupiano resolveu para sempre estas coisas).
[Boas festas com uma bacalhoada-que-caraças! ainda assim, que a troupe do Aspirina B bem precisa de um pouco de afecto e de calor no estômago (mas não abusem do álcool, rapazes!).]